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Patrícia Pozza: consequências psicológicas da COVID-19

infosul

12 de abril de 2020

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Foto: reprodução

Pensar que, em pleno século 21, a situação de isolamento em casa e do distanciamento social entre as pessoas aconteceria mundialmente por causa da possibilidade de contaminação de um vírus, parece história de livros e filmes de ficção, no entanto, é a realidade que se vive hoje.

De repente as pessoas foram obrigadas a mudar a forma de trabalhar, se relacionar e viver.  Milhões de pessoas do mundo todo mudaram a sua rotina. Muitos, por exemplo, além de trabalhar em casa, tiveram de assumir integralmente os cuidados com os filhos, se preocupar com a aprendizagem escolar destes. Como esta mudança de hábitos ocorreu muito rapidamente algumas pessoas se sentem angustiadas.

Claro que este fato vai desestabilizar emocionalmente as pessoas. Retiradas abruptamente do que estavam acostumadas a fazer e a estar, sensações de desconforto, estresse, desequilíbrio emocional, melancolia e ansiedades são comuns neste momento. Fora as preocupações com relação à situação financeira, o que por si só pode gerar também estes sintomas.

Quando se está confinado temos outras perdas, além da rotina. Ocorrem mudanças na organização da vida, com rupturas de relações, de atividades prazerosas e do que é familiar e seguro. Também há possibilidade de sofrimento psíquico relacionado com a interrupção de planos, reação às normas definidas para o isolamento social de cada cidade e país, reações à duração do confinamento e dificuldade de adaptação à convivência em pouco espaço físico, além de questões inerentes a possibilidade de adoecimento (principalmente aos profissionais que lidam diretamente com os afetados por esse coronavírus),  além da dor física para aqueles que são contaminados diretamente. Reduz-se de forma significativa também a atividade física e, no caso da quarentena, as pessoas podem ainda ser vítimas de stress pós-traumático, irritabilidade, angústia e insônia. O isolamento gera um sentimento de incerteza, de tédio e de solidão. E quanto mais longo, mais importantes são as repercussões na saúde mental.

Com certeza haverá um nível de sofrimento social relacionado ao isolamento em função da Covid-19 e ao custo do distanciamento social. Em relação a estes danos psicológicos à população mundial pouco se tem discutido por enquanto.

Participe do nosso grupo de WhatsApp: https://chat.whatsapp.com/IXhqnkE5fa30TJd1Yu8IW7

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Pensar que, em pleno século 21, a situação de isolamento em casa e do distanciamento social entre as pessoas aconteceria mundialmente por causa da possibilidade de contaminação de um vírus, parece história de livros e filmes de ficção, no entanto, é a realidade que se vive hoje.

De repente as pessoas foram obrigadas a mudar a forma de trabalhar, se relacionar e viver.  Milhões de pessoas do mundo todo mudaram a sua rotina. Muitos, por exemplo, além de trabalhar em casa, tiveram de assumir integralmente os cuidados com os filhos, se preocupar com a aprendizagem escolar destes. Como esta mudança de hábitos ocorreu muito rapidamente algumas pessoas se sentem angustiadas.

Claro que este fato vai desestabilizar emocionalmente as pessoas. Retiradas abruptamente do que estavam acostumadas a fazer e a estar, sensações de desconforto, estresse, desequilíbrio emocional, melancolia e ansiedades são comuns neste momento. Fora as preocupações com relação à situação financeira, o que por si só pode gerar também estes sintomas.

Quando se está confinado temos outras perdas, além da rotina. Ocorrem mudanças na organização da vida, com rupturas de relações, de atividades prazerosas e do que é familiar e seguro. Também há possibilidade de sofrimento psíquico relacionado com a interrupção de planos, reação às normas definidas para o isolamento social de cada cidade e país, reações à duração do confinamento e dificuldade de adaptação à convivência em pouco espaço físico, além de questões inerentes a possibilidade de adoecimento (principalmente aos profissionais que lidam diretamente com os afetados por esse coronavírus),  além da dor física para aqueles que são contaminados diretamente. Reduz-se de forma significativa também a atividade física e, no caso da quarentena, as pessoas podem ainda ser vítimas de stress pós-traumático, irritabilidade, angústia e insônia. O isolamento gera um sentimento de incerteza, de tédio e de solidão. E quanto mais longo, mais importantes são as repercussões na saúde mental.

Com certeza haverá um nível de sofrimento social relacionado ao isolamento em função da Covid-19 e ao custo do distanciamento social. Em relação a estes danos psicológicos à população mundial pouco se tem discutido por enquanto.

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