Há algumas semanas a Comissão de Negociação de Mensalidades da Unisul iniciou as conversas junto à universidade sobre os valores das mensalidades para o ano que vem (2020-1).
Segundo informações da representante da Comissão, a estudante do curso de direito Luzimary Della Justina Stange, em setembro, a Fundação Unisul, responsável pelo cálculo do reajuste, apresentou uma proposta de 7,98%. Os representantes não aceitaram e fizeram uma contraproposta de 0%, alegando que a Unisul possui uma das mensalidades mais caras da região.
A universidade analisou a proposta e chegou a apresentar um reajuste de 6,23%, mas em reunião nesta quinta-feira, 31, tentou convencer os estudantes em 5,66% de reajuste, mas a comissão não aceitou e contrapôs um em 3%.
Entre as justificativas defendidas pela comissão está o contexto em que a universidade está inserida atualmente. Segundo eles, diferentemente de 20 anos atrás, hoje, são pelo menos 30 polos de ensino concorrendo diretamente com a Unisul.
O vice-reitor e atual assessor jurídico da instituição, Lester Marcantonio Camargo, afirma que o reajuste é um processo natural que acontece todos os anos e é fundamental para manter a estrutura da entidade, bem como manter os salários dos colaboradores, pesquisas e serviços de extensão que a universidade oferece.
De acordo com ele, diferente de outras instituições, a Unisul faz essa alteração dos valores em conjuntos com representantes, mantendo a transparência junto aos alunos.
Descontentes, a primeira ação da comissão foi lançar um abaixo-assinado online com o intuito de reverter a proposta da universidade. Em menos de 24h o abaixo assinado já conseguiu agrupar mais de mil assinaturas. O objetivo é atingir 6 mil assinaturas até semana que vem.
Outras ações estão sendo organizadas pela comissão, inclusive, uma carta de repúdio.