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Após ser gravada e exposta, médica de Capivari de Baixo pede demissão

infosul

6 de janeiro de 2020

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Foto: reprodução

No último sábado, 04, o Portal Infosul trouxe, com exclusividade, uma reportagem sobre a polêmica envolvendo pacientes e uma médica do Pronto Atendimento (PA) de Capivari de Baixo. Na ocasião, uma mulher – não identificada – gravou a profissional sentada na recepção, acusando-a de fazer “corpo mole” durante o expediente.

Em uma das falas, a mulher afirmou que existiam pacientes esperando há mais de três horas por atendimento. Logo, o vídeo foi divulgado e tomou as redes sociais durante o final de semana. A polícia chegou a ser acionada pela profissional da saúde.

Ainda no sábado, a reportagem tentou contato com a médica Bárbara Kilpp, no entanto, a mesma não retornou nossas mensagens. Agora, dias após o episódio, ela aceitou falar sobre o ocorrido ao Infosul.

De início, ela esclarece que acionou a polícia para conter os ânimos no ambulatório. “Tinha um pai que me questionou sobre o atendimento, ele dizia que tinham pessoas passando na frente da filha dele. Eu disse que estava seguindo a lista no computador e que não havia nenhuma criança para ser atendida na sequência”, afirma. “Eu, então, orientei ele que fosse até a enfermagem para solicitar uma nova avaliação”, conta a médica.

No Pronto Atendimento de Capivari de Baixo, assim como em outras unidades de saúde, o paciente é classificado com pulseiras de cores diferentes que indicam o grau de emergência do atendimento.

Mesmo com o conselho de Bárbara, que estava em atendimento, o pai não aceitou a ordem de chamada e se alterou. “Quando eu chamei o próximo paciente ele ficou muito alterado e começou a me ofender. Foi aí que me dirigi até a enfermagem e pedi que a polícia fosse acionada”, diz.

Sobre as acusações de “corpo mole” a profissional destaca que “Em nenhum momento eu parei de atender. Como ele estava muito agressivo, eu fechei o escritório e fui atender na sala de observação, lá atrás, até para evitar conflitos”, revela.

Ela relata também que a unidade não possui condições para prestar um atendimento digno à população. “As demoras são frequentes, acontecem todos os dias. Nós chegamos às 18h e saímos às 24h, só vamos no banheiro se for muito necessário. É um local que não dá para trabalhar em paz. Ficamos muito expostos. Um médico ou dois, não vão conseguir atender a demanda da unidade, tampouco seis horas de atendimento. É muito pouco”, afirma.

Bárbara Kilpp confirmou ter pedido demissão do cargo. De acordo com ela, assim como orienta a Confederação Nacional de Medicina – e também a regional – ela vai judicializar os autores dos vídeos que expuseram a imagem dela sem autorização. “Estudei e lutei muito pelo meu registro. Jamais faria algo que colocasse ele em cheque. Eu fiz um juramento e vou honrar”, comenta. “Não quero dinheiro, quero apenas uma retratação pública”, finaliza.

Posição do Município

Também no sábado, o prefeito Nivaldo Sousa disse ao Portal Infosul que não comentaria o caso naquele dia. Nesta segunda-feira, 06, a reportagem entrou em contato com o gestor que disse lamentar o ocorrido, e que outro plantonista já estava atendendo no lugar da médica envolvida, visto o pedido de demissão da mesma.

Ele discordou da afirmação que a unidade não teria condições de atendimento e salientou que a profissional jamais teria feito uma queixa sequer “Não procede. É uma das melhores estruturas que temos na região, inclusive ela nunca fez nenhuma queixa ao Diretor clínico do pronto Atendimento”, disse.

Atendimento

O Pronto Atendimento de Capivari de Baixo funciona das 18h às 24h, de segunda a sexta-feira.

 

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No último sábado, 04, o Portal Infosul trouxe, com exclusividade, uma reportagem sobre a polêmica envolvendo pacientes e uma médica do Pronto Atendimento (PA) de Capivari de Baixo. Na ocasião, uma mulher – não identificada – gravou a profissional sentada na recepção, acusando-a de fazer “corpo mole” durante o expediente.

Em uma das falas, a mulher afirmou que existiam pacientes esperando há mais de três horas por atendimento. Logo, o vídeo foi divulgado e tomou as redes sociais durante o final de semana. A polícia chegou a ser acionada pela profissional da saúde.

Ainda no sábado, a reportagem tentou contato com a médica Bárbara Kilpp, no entanto, a mesma não retornou nossas mensagens. Agora, dias após o episódio, ela aceitou falar sobre o ocorrido ao Infosul.

De início, ela esclarece que acionou a polícia para conter os ânimos no ambulatório. “Tinha um pai que me questionou sobre o atendimento, ele dizia que tinham pessoas passando na frente da filha dele. Eu disse que estava seguindo a lista no computador e que não havia nenhuma criança para ser atendida na sequência”, afirma. “Eu, então, orientei ele que fosse até a enfermagem para solicitar uma nova avaliação”, conta a médica.

No Pronto Atendimento de Capivari de Baixo, assim como em outras unidades de saúde, o paciente é classificado com pulseiras de cores diferentes que indicam o grau de emergência do atendimento.

Mesmo com o conselho de Bárbara, que estava em atendimento, o pai não aceitou a ordem de chamada e se alterou. “Quando eu chamei o próximo paciente ele ficou muito alterado e começou a me ofender. Foi aí que me dirigi até a enfermagem e pedi que a polícia fosse acionada”, diz.

Sobre as acusações de “corpo mole” a profissional destaca que “Em nenhum momento eu parei de atender. Como ele estava muito agressivo, eu fechei o escritório e fui atender na sala de observação, lá atrás, até para evitar conflitos”, revela.

Ela relata também que a unidade não possui condições para prestar um atendimento digno à população. “As demoras são frequentes, acontecem todos os dias. Nós chegamos às 18h e saímos às 24h, só vamos no banheiro se for muito necessário. É um local que não dá para trabalhar em paz. Ficamos muito expostos. Um médico ou dois, não vão conseguir atender a demanda da unidade, tampouco seis horas de atendimento. É muito pouco”, afirma.

Bárbara Kilpp confirmou ter pedido demissão do cargo. De acordo com ela, assim como orienta a Confederação Nacional de Medicina – e também a regional – ela vai judicializar os autores dos vídeos que expuseram a imagem dela sem autorização. “Estudei e lutei muito pelo meu registro. Jamais faria algo que colocasse ele em cheque. Eu fiz um juramento e vou honrar”, comenta. “Não quero dinheiro, quero apenas uma retratação pública”, finaliza.

Posição do Município

Também no sábado, o prefeito Nivaldo Sousa disse ao Portal Infosul que não comentaria o caso naquele dia. Nesta segunda-feira, 06, a reportagem entrou em contato com o gestor que disse lamentar o ocorrido, e que outro plantonista já estava atendendo no lugar da médica envolvida, visto o pedido de demissão da mesma.

Ele discordou da afirmação que a unidade não teria condições de atendimento e salientou que a profissional jamais teria feito uma queixa sequer “Não procede. É uma das melhores estruturas que temos na região, inclusive ela nunca fez nenhuma queixa ao Diretor clínico do pronto Atendimento”, disse.

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O Pronto Atendimento de Capivari de Baixo funciona das 18h às 24h, de segunda a sexta-feira.

 

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