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ENTREVISTA | Joares Ponticelli: “Vamos deixar muitos legados para o futuro de Tubarão”

infosul

16 de fevereiro de 2020

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Foto: reprodução

Em sua segunda entrevista ao Portal Infosul, o prefeito Joares Ponticelli (PP) avalia sua gestão frente ao município de Tubarão e destaca legados que deixará para o futuro. Fala também do possível desafeto entre ele e o governador Carlos Moisés, da reabertura do Cemitério Central, da polêmica envolvendo o PSDB e Fonplata.

Qual avaliação o senhor faz da sua gestão até o momento?

Ainda temos 25% do tempo, né? O primeiro ano foi um ano de muitas dificuldades; o governo anterior passou praticamente o tempo todo sem negativas, e isso inviabilizava o acesso do município à recursos. Tivemos um monte de dívidas que precisamos equacionar, desde FGTS, INSS, PIS PASEP e precatórios. Já chegamos a 50 milhões de reais de pagamentos de precatórios nesse tempo. Enfim, fizemos todo o processo de saneamento financeiro do município para poder viabilizar o ingresso de recursos. Depois sim, começamos um grande conjunto de obras na cidade. A estrutura da educação, por exemplo, reformamos as escolas que estavam em situações precárias, zeramos a falta de condicionadores de ar nas salas de aula, eram quase mil alunos sem escolinha e conseguimos zerar essa fila. Na saúde, foram 17 unidades que já receberam melhorias e reformas, adquirimos 16 novos veículos para atender melhor os pacientes, reduzimos a falta de medicamentos na farmácia básica, ampliamos as equipes de atendimento. Na infraestrutura, além da recomposição e revitalização dos acessos da cidade, estamos com pavimentações na área central, nos bairros. No Desenvolvimento Econômico tivemos muitos avanços também. Fechamos o ano com o melhor saldo de empregos da última década, e agora com os investimentos no Parque Industrial – que estamos pavimentando e montando a infraestrutura – brevemente vamos lançar o edital para que as empresas possam ampliar os seus negócios naquele espaço; enfim, acho que em todas as áreas a gente produziu melhorias e avanços. Eu estou muito satisfeito com os resultados até aqui, mas ainda temos muito por fazer. Estamos concluindo o processo licitatório do Visconde de Mauá, onde já temos os recursos garantidos para implantar ali uma escola infantil que vai atender mais de 200 crianças de 0 a 4 anos; também estamos na reta final – e nesta semana já vamos conhecer a empresa vencedora – da UPA, e implantar lá um Centro de Referência que vai funcionar até às 22h; além de outras ações que vão acontecer nas próximas semanas de processos licitatórios de implantação de ainda mais infraestrutura em todas as regiões do município.

Há cinco meses, em sua primeira entrevista ao Portal Infosul, o senhor disse que foi necessário coragem para algumas atitudes como gestor. Entre essas atitudes, destacou às obras de saneamento básico na cidade, onde afirmou ter sofrido duras críticas. Valeu a pena?

Acho que a gente vai deixar, ao final deste governo, bons legados para a cidade. Porém, os dois que eu mais destacaria são: o “zeramento” das filas em creches, porque eu não conheço nenhum outro município do porte de Tubarão, em Santa Catarina, que tenha conseguido zerar essas filas. Portanto, acho que esse é um grande legado que a gente deixa, além de todos os investimentos que estamos fazendo para a melhoria da qualidade da educação. E acho que um outro legado – e eu não me arrependi em nenhum momento, mesmo nos momentos de duras críticas – são as obras de saneamento. Nós vamos chegar ao final do ano com 20% do nosso esgoto coletado e tratado. Esse é um grande legado, sem sobras de dúvida. Esse é um legado em favor da recuperação ambiental, do fim da destruição do Rio Tubarão, e do cuidado com a saúde das gerações futuras. A Organização Mundial de Saúde comprova que a cada dólar investido em saneamento, economiza-se outros quatro em saúde. Uma cidade prestes a comemorar 150 anos de história, onde não havia um metro quadrado de esgoto tratado, haverá de reconhecer que foi no nosso tempo que fizemos esse enfrentamento.

Dias atrás o Governo Estadual surpreendeu os tubaronenses com a liberação repentina da rodovia Ivane Fretta Moreira. O senhor disse ter sabido da notícia através da imprensa. Existe inimizade entre o senhor e o governador Carlos Moisés?

Se existe é dele para mim. Eu sempre procurei, enquanto presidente da FECAM, eu tomei a inciativa de promover essa aproximação. Desenvolvemos vários projetos em parceria. Mas, de fato, ele não tem nos prestigiado, dialogado conosco. Eu lamento isso. Eu tomei conhecimento da abertura da rodovia pela imprensa, embora tenha aplaudido, porque nós estávamos esperando há muito tempo. Mas eu acho que as coisas poderiam acontecer de outra forma. A iniciativa de não dialogar foi do próprio governo, eu não sei as razoes, mas tudo bem. Continuamos tocando a vida, correndo atrás, fazendo os enfrentamentos dos problemas da cidade sem ficar reclamando, sem ficar criticando essa atitude. Eu só lamento porque acho que não há a necessidade de ser assim, acho que melhor seria se pudéssemos dialogar um pouco mais.

O Palacete Central, conhecido como Casa da Cidade, teve sua estrutura toda restaurada entregue em 2018. De lá para cá, somente a casa do Papai Noel foi abrigada ali. Algumas imperfeições já estão evidentes no prédio, o que será feito em relação a isso e também o que e quando algo será instalado no local?

Não foi um projeto de restauro, foi de recuperação. Dias atrás nós recebemos o aceite da Caixa Econômica Federal. Só agora a Caixa deu baixa e, por isso, não conseguíamos fazer a concessão definitiva de uso. Nós vamos ter ali a Academia de Letras de Tubarão e também outras estruturas, como a ADOCOM e espaços da Secretaria de Desenvolvimento. Logo na sequência, nós pretendemos, daí sim, apresentar um projeto de restauro junto ao Ministério de Turismo.

Durante sessão na Câmara de Vereadores de Tubarão, o parlamentar José Luiz Tancredo citou uma participação sua no programa Conversa de Botequim (Unisul TV), onde o senhor teria sido infeliz ao falar do PSDB. Ele pediu retratação. Comente o assunto.

O vereador José Luiz Tancredo me ataca e me critica em todas as sessões e faz isso 25 horas por dia desde o começo do governo. Então não é nenhuma novidade. Ele sempre tem sido muito agressivo e muito crítico, mas eu entendo e respeito. Eu não concordo com a falta de verdade; no programa, eu só respondi a crítica de um ex-secretário do governo. Agora, para os interesses eleitorais do Zé Luiz, ele gosta de pregar essa discórdia e ai quis misturar com o partido. Ele foi infeliz e faltou com a verdade.

Quando o Cemitério Central será reaberto?

Quando fizermos os investimentos de recuperação ambiental, e nós ainda não temos os recursos – que não são poucos – para fazer essa recuperação. Esse é um processo que depende de investimentos, e o município, hoje, ainda não dispõe dos recursos para atender aquilo que determina o Termo de Ajustamento de Conduta.

Serão necessários quantos?

Eu ainda não tenho um orçamento disso, mas sabemos que fazer a recuperação ambiental de um espaço daquele, centenário, que recebeu sepultamentos ao longo de tanto tempo, eu não sei qual a extensão do problema ambiental gerado. Tem que ser feito um estudo primeiro e, depois buscar os recursos para fazer os investimentos.

Fonplata. Quais as últimas atualizações?

Esse é outro tema que os torcedores do contra gostam de disseminar mentiras. O nosso contrato já foi aprovado na reunião da diretoria do banco em 15 de novembro passado. Nesta semana vencemos mais uma etapa; a Caixa Econômica conseguiu apresentar os documentos para a abertura da conta junto ao Banco Central. Os recursos primeiro são depositados pelo Fonflata no Banco Central e o Banco Central repassa para a Caixa Econômica, que vai gerir todo o financiamento aqui. Nós temos mais algumas etapas burocráticas para vencer; já estamos com quatro licitações autorizadas pelo banco para colocar na praça, mas só queremos aguardar a marcação da data de vinda do presidente para assinatura do contrato e ai já vamos, inclusive, lançar essas primeiras licitações. É irreversível o processo. É só vencermos essas etapas de burocracias e estamos já na reta final.

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Em sua segunda entrevista ao Portal Infosul, o prefeito Joares Ponticelli (PP) avalia sua gestão frente ao município de Tubarão e destaca legados que deixará para o futuro. Fala também do possível desafeto entre ele e o governador Carlos Moisés, da reabertura do Cemitério Central, da polêmica envolvendo o PSDB e Fonplata.

Qual avaliação o senhor faz da sua gestão até o momento?

Ainda temos 25% do tempo, né? O primeiro ano foi um ano de muitas dificuldades; o governo anterior passou praticamente o tempo todo sem negativas, e isso inviabilizava o acesso do município à recursos. Tivemos um monte de dívidas que precisamos equacionar, desde FGTS, INSS, PIS PASEP e precatórios. Já chegamos a 50 milhões de reais de pagamentos de precatórios nesse tempo. Enfim, fizemos todo o processo de saneamento financeiro do município para poder viabilizar o ingresso de recursos. Depois sim, começamos um grande conjunto de obras na cidade. A estrutura da educação, por exemplo, reformamos as escolas que estavam em situações precárias, zeramos a falta de condicionadores de ar nas salas de aula, eram quase mil alunos sem escolinha e conseguimos zerar essa fila. Na saúde, foram 17 unidades que já receberam melhorias e reformas, adquirimos 16 novos veículos para atender melhor os pacientes, reduzimos a falta de medicamentos na farmácia básica, ampliamos as equipes de atendimento. Na infraestrutura, além da recomposição e revitalização dos acessos da cidade, estamos com pavimentações na área central, nos bairros. No Desenvolvimento Econômico tivemos muitos avanços também. Fechamos o ano com o melhor saldo de empregos da última década, e agora com os investimentos no Parque Industrial – que estamos pavimentando e montando a infraestrutura – brevemente vamos lançar o edital para que as empresas possam ampliar os seus negócios naquele espaço; enfim, acho que em todas as áreas a gente produziu melhorias e avanços. Eu estou muito satisfeito com os resultados até aqui, mas ainda temos muito por fazer. Estamos concluindo o processo licitatório do Visconde de Mauá, onde já temos os recursos garantidos para implantar ali uma escola infantil que vai atender mais de 200 crianças de 0 a 4 anos; também estamos na reta final – e nesta semana já vamos conhecer a empresa vencedora – da UPA, e implantar lá um Centro de Referência que vai funcionar até às 22h; além de outras ações que vão acontecer nas próximas semanas de processos licitatórios de implantação de ainda mais infraestrutura em todas as regiões do município.

Há cinco meses, em sua primeira entrevista ao Portal Infosul, o senhor disse que foi necessário coragem para algumas atitudes como gestor. Entre essas atitudes, destacou às obras de saneamento básico na cidade, onde afirmou ter sofrido duras críticas. Valeu a pena?

Acho que a gente vai deixar, ao final deste governo, bons legados para a cidade. Porém, os dois que eu mais destacaria são: o “zeramento” das filas em creches, porque eu não conheço nenhum outro município do porte de Tubarão, em Santa Catarina, que tenha conseguido zerar essas filas. Portanto, acho que esse é um grande legado que a gente deixa, além de todos os investimentos que estamos fazendo para a melhoria da qualidade da educação. E acho que um outro legado – e eu não me arrependi em nenhum momento, mesmo nos momentos de duras críticas – são as obras de saneamento. Nós vamos chegar ao final do ano com 20% do nosso esgoto coletado e tratado. Esse é um grande legado, sem sobras de dúvida. Esse é um legado em favor da recuperação ambiental, do fim da destruição do Rio Tubarão, e do cuidado com a saúde das gerações futuras. A Organização Mundial de Saúde comprova que a cada dólar investido em saneamento, economiza-se outros quatro em saúde. Uma cidade prestes a comemorar 150 anos de história, onde não havia um metro quadrado de esgoto tratado, haverá de reconhecer que foi no nosso tempo que fizemos esse enfrentamento.

Dias atrás o Governo Estadual surpreendeu os tubaronenses com a liberação repentina da rodovia Ivane Fretta Moreira. O senhor disse ter sabido da notícia através da imprensa. Existe inimizade entre o senhor e o governador Carlos Moisés?

Se existe é dele para mim. Eu sempre procurei, enquanto presidente da FECAM, eu tomei a inciativa de promover essa aproximação. Desenvolvemos vários projetos em parceria. Mas, de fato, ele não tem nos prestigiado, dialogado conosco. Eu lamento isso. Eu tomei conhecimento da abertura da rodovia pela imprensa, embora tenha aplaudido, porque nós estávamos esperando há muito tempo. Mas eu acho que as coisas poderiam acontecer de outra forma. A iniciativa de não dialogar foi do próprio governo, eu não sei as razoes, mas tudo bem. Continuamos tocando a vida, correndo atrás, fazendo os enfrentamentos dos problemas da cidade sem ficar reclamando, sem ficar criticando essa atitude. Eu só lamento porque acho que não há a necessidade de ser assim, acho que melhor seria se pudéssemos dialogar um pouco mais.

O Palacete Central, conhecido como Casa da Cidade, teve sua estrutura toda restaurada entregue em 2018. De lá para cá, somente a casa do Papai Noel foi abrigada ali. Algumas imperfeições já estão evidentes no prédio, o que será feito em relação a isso e também o que e quando algo será instalado no local?

Não foi um projeto de restauro, foi de recuperação. Dias atrás nós recebemos o aceite da Caixa Econômica Federal. Só agora a Caixa deu baixa e, por isso, não conseguíamos fazer a concessão definitiva de uso. Nós vamos ter ali a Academia de Letras de Tubarão e também outras estruturas, como a ADOCOM e espaços da Secretaria de Desenvolvimento. Logo na sequência, nós pretendemos, daí sim, apresentar um projeto de restauro junto ao Ministério de Turismo.

Durante sessão na Câmara de Vereadores de Tubarão, o parlamentar José Luiz Tancredo citou uma participação sua no programa Conversa de Botequim (Unisul TV), onde o senhor teria sido infeliz ao falar do PSDB. Ele pediu retratação. Comente o assunto.

O vereador José Luiz Tancredo me ataca e me critica em todas as sessões e faz isso 25 horas por dia desde o começo do governo. Então não é nenhuma novidade. Ele sempre tem sido muito agressivo e muito crítico, mas eu entendo e respeito. Eu não concordo com a falta de verdade; no programa, eu só respondi a crítica de um ex-secretário do governo. Agora, para os interesses eleitorais do Zé Luiz, ele gosta de pregar essa discórdia e ai quis misturar com o partido. Ele foi infeliz e faltou com a verdade.

Quando o Cemitério Central será reaberto?

Quando fizermos os investimentos de recuperação ambiental, e nós ainda não temos os recursos – que não são poucos – para fazer essa recuperação. Esse é um processo que depende de investimentos, e o município, hoje, ainda não dispõe dos recursos para atender aquilo que determina o Termo de Ajustamento de Conduta.

Serão necessários quantos?

Eu ainda não tenho um orçamento disso, mas sabemos que fazer a recuperação ambiental de um espaço daquele, centenário, que recebeu sepultamentos ao longo de tanto tempo, eu não sei qual a extensão do problema ambiental gerado. Tem que ser feito um estudo primeiro e, depois buscar os recursos para fazer os investimentos.

Fonplata. Quais as últimas atualizações?

Esse é outro tema que os torcedores do contra gostam de disseminar mentiras. O nosso contrato já foi aprovado na reunião da diretoria do banco em 15 de novembro passado. Nesta semana vencemos mais uma etapa; a Caixa Econômica conseguiu apresentar os documentos para a abertura da conta junto ao Banco Central. Os recursos primeiro são depositados pelo Fonflata no Banco Central e o Banco Central repassa para a Caixa Econômica, que vai gerir todo o financiamento aqui. Nós temos mais algumas etapas burocráticas para vencer; já estamos com quatro licitações autorizadas pelo banco para colocar na praça, mas só queremos aguardar a marcação da data de vinda do presidente para assinatura do contrato e ai já vamos, inclusive, lançar essas primeiras licitações. É irreversível o processo. É só vencermos essas etapas de burocracias e estamos já na reta final.

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