Quarta-feira, 30 de Outubro de 2024
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ENTREVISTA: Márcia Roberg Cargnin detalha primeiro ano como prefeita titular de Capivari de Baixo

A gestora falou sobre os desafios enfrentados, conquistas e planos futuros. Leia.
infosul

29 de julho de 2024

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Em julho de 2024, Márcia Roberg Cargnin celebra um ano como prefeita titular de Capivari de Baixo. Sua ascensão ao cargo ocorreu em meio a um turbilhão político, após a renúncia de Vicente Corrêa Costa, preso em fevereiro de 2023 na 2ª fase da Operação Mensageiro.

Com uma trajetória sólida e respeitada na educação pública, onde atua há quase 40 anos como professora, gestora e orientadora, Márcia trouxe para a administração municipal sua vasta experiência e compromisso com a melhoria da qualidade de vida da população. 

Nesta entrevista, discutimos os desafios enfrentados, as conquistas alcançadas e os planos futuros para Capivari de Baixo.

  • ENTREVISTA EXCLUSIVA REALIZADA PARA A EDIÇÃO IMPRESSA DO INFOSUL NO MÊS DE JULHO – CONFIRA:

INFOSUL – A senhora assumiu a Prefeitura de Capivari de Baixo, interinamente, no susto. Como foi esse início?

MÁRCIA – Foi bem difícil, pois os fatos no meio regional e estadual trouxeram desconforto para as pessoas que ocupam cargos públicos. Porém, na função de prefeita tenho convicções e forma própria de tratar e de administrar. Assumir de forma repentina foi realmente desafiador, mas desde o início estava a disposição de ser vice. Tenho compromisso com os cidadãos de Capivari de Baixo e não podia, nem posso, decepcionar os que deram o voto de confiança em mim.

INFOSUL – Hoje, passado o período como gestora interina e há um ano como prefeita titular, a senhora já tem o conhecimento completo da real situação em que se encontra o município?

MÁRCIA – Certamente! Principalmente, e de forma pontual, este um ano que estou à frente do governo. Tanto que consegui, e vou continuar, tirar do papel ações e obras importantes para o município. Fiz um estudo financeiro e de prática como poder viabilizar as ações e as obras. Assim, pude dar neste um ano uma forma de identidade dos meus princípios com transparência e responsabilidade.

INFOSUL – Quais foram os principais desafios de sua gestão até o presente momento?

MÁRCIA – Mostrar a minha identidade como administradora. Como vice-prefeita cumpri, minha obrigação institucional e como prefeita consegui realizar as mudanças necessárias, adequar as possibilidades dentro de uma administração responsável, valorizando o servidor público municipal de carreira e outras ações que julgo serem importantes. Sem faltar, evidentemente, com a responsabilidade administrativa.

INFOSUL – A deflagração da Operação Mensageiro na Prefeitura de Capivari de Baixo pegou a senhora de surpresa?

MÁRCIA – Evidentemente que sim. Qual cidadão catarinense não foi pego de surpresa? Sem entrar no mérito de legalidade ou de justiça, mas o tamanho da operação que envolveu um grande número de prefeitos e agente públicos é triste e preocupante, do ponto de vista da credibilidade e do desgaste que a classe política sofreu e sofre nos dias de hoje.

INFOSUL – Como era a sua relação com o ex-prefeito Vicente Corrêa? Vocês discutiam ações administrativas em conjunto?

MÁRCIA – A minha relação com ele sempre foi como a de todo prefeito com o seu vice. Era puramente institucional, como falei anteriormente. Evidentemente que nem sempre um prefeito consulta o vice na tomada de decisões. A história em Capivari de Baixo, por si só, mostra isso. Assumi a secretaria de Educação em meados de 2022 e me dediquei para as ações da pasta. Na medida do possível tínhamos uma relação respeitosa.

INFOSUL – É comum ouvirmos, principalmente de seus críticos, que a senhora é bem intencionada, mas que algumas pessoas que a cercam, não. Você tem essa percepção?

MÁRCIA – Fico muito, mas muito feliz mesmo quando ouço de críticos que sou bem intencionada, afinal entrei na vida pública com esse objetivo. Assim como na minha vida profissional sempre pautei minhas ações e meus relacionamentos na credibilidade, no respeito e na confiança. Quanto às pessoas que me cercam, trago comigo a “confiança”, ou seja, enquanto eu confiar, enquanto não ocorrer algo que quebre essa relação, sigo acreditando que todos estão agindo de boa fé e bem intencionados, porém não hesitarei em tomar medidas cabíveis caso ocorra ao contrário.

INFOSUL – O pacote de obras “Transforma Capivari” foi um marco em sua gestão. Entretanto, nem todos os anúncios foram ou estão sendo cumpridos. O que aconteceu?

MÁRCIA – Implementamos um ritmo acelerado, porém em alguns casos pontuais enfrentamos condições climáticas desfavoráveis, algo que traz muito transtorno e atraso. Em outros casos a questão é a própria burocracia e o prazo, principalmente relacionados aos projetos e as execuções. Embora tenho até 31 de dezembro deste ano e não conduzo obras e ações pensando na minha reeleição. As ações e as obras da gestão não são eleitoreiras e só estão acontecendo agora porque estou apenas há um ano administrando. Assumi o compromisso, independente de campanha eleitoral.

INFOSUL – Capivari de Baixo anunciou a compra de tablets para uso dos alunos da rede municipal. Como a senhora se sente podendo contribuir diretamente com a educação dos estudantes, sendo você uma professora de carreira?

MÁRCIA – Desde 1983, quando me formei, sempre exerci e me dedico a educação. Como prefeita busco a qualificação que vai desde a infraestrutura, onde dentro deste período que estou a frente do governo, a aquisição de tablets aos alunos e a aquisição de televisores, assim como projetores, onde através da educação digital podemos trazer conhecimento também aos alunos. A infraestrutura nas salas de aula também busco proporcionar um ambiente mais acolhedor e seguro, já que revitalizamos a climatização e ainda com a aquisição de aparelhos de ar condicionados. Mas sem dúvidas que a valorização do servidor público da educação é um dos maiores feitos o qual me orgulho muito e sinto que pude contribuir para uma ação justa de reconhecimento com nossos servidores, afinal professora reconhecida certamente se reflete em melhor atuação e desempenho na sala de aula. Outro fato que julgo ser importantíssimo é a implantação do horário escolar em tempo integral, iniciamos com duas turmas e avançaremos ainda mais na questão, até porque esse atendimento também oportuniza aos pais que trabalham fora o fato de seus filhos estarem na escola enquanto eles buscam ganhar o pão de cada dia.  

INFOSUL – No ano passado, o governador Jorginho Mello ouviu as necessidades mais urgentes dos prefeitos de Santa Catarina. A ideia era agilizar as demandas. Quais foram os resultados para Capivari?

MÁRCIA – Solicitamos o pagamento pelo governo do Estado da terceira e última parcela da reperfilagem asfáltica do trecho 1 da Rua João Ernesto Ramos, no valor de R$ 300 mil, do trecho 2, da mesma rua, no acesso sul, no valor de R$ 600 mil e a liberação de R$ 330 mil para complementar outros R$ 300 mil de recursos próprios, para a construção de uma sala de jogos na EMEB Vitório Marcon, na comunidade da Ilhotinha. Em tudo fomos contemplados. A rua foi paga e o trecho 1 está pronto, a sala de jogos está em execução e o trecho 2 está em caixa, mas não conseguimos executar devido às obras da CCR. 

INFOSUL – A senhora já sofreu algum preconceito por ser mulher e estar no cargo que ocupa?

MÁRCIA – Apesar de ainda existir alguns movimentos machistas na sociedade, felizmente é bem menor que a algum tempo atrás. Logo que assumi o governo ouvi de uma pessoa: “Essa mulher não vai conseguir administrar”. Naquele momento doeu muito, não por sofrer uma ofensa machista, mas pela falta de bom senso, pela ignorância. Afinal hoje as mulheres estão cada vez mais bem colocadas no mercado de trabalho. É evidente que ainda buscamos uma igualdade salarial em relação aos homens, mas escutar uma pessoa fazer distinção de capacidade e de competência ao comparar ser mulher ou homem, mostra o quão deprimente o pensamento de algumas pessoas. Pergunto: um pai que tem uma filha, sentiria-se bem em subestimar a capacidade e a competência dessa filha? Acredito que não. Gostaria muito de que houvesse uma reflexão grande neste aspecto e volto a dizer, hoje em dia isso ocorre bem menos do que no passado. 

A mulher quando se empodera, vai empoderando outras mulheres!

INFOSUL – Quanto ao etarismo, há algum episódio em que subestimaram sua atuação enquanto chefe do Executivo municipal?

MÁRCIA – Subestimaram que cancelando o empréstimo de R$ 30 milhões, do Finisa, não conseguiria tocar a prefeitura. Reconheço que os recursos serviriam para muitas obras de infraestrutura que são necessárias para o município, porém houve muitas manifestações contrárias ao empréstimo por parte de moradores e de lideranças locais, que nos fizeram repensar a contratação. Seguimos em frente tocando as obras e os serviços com os recursos que temos e com o dinheiro das transferências constitucionais, com os pés no chão e dentro das nossas possibilidades. 

INFOSUL – Qual será o seu principal legado como prefeita da Cidade Termelétrica?

MÁRCIA – O legado de um líder é medido pelo impacto que suas ações têm na sociedade em que vive. Creio que o meu maior legado é a valorização da educação e dos professores, uma causa pela qual lutei ao longo de mais de 40 anos. Como prefeita, consegui implementar um novo plano de carreira que garantiu que todos os professores de Capivari de Baixo recebessem salários acima do piso nacional. Investir nos professores é investir no futuro de crianças e de adolescentes, e isso muda a cidade. 

INFOSUL – Em evento realizado no início do ano, a senhora foi lançada como pré-candidata a prefeita e Adam Dutra como seu vice. Passados os meses, há alguma novidade para o pleito de outubro?

MÁRCIA – Continuamos com o mesmo objetivo. Juntos e por uma cidade melhor. 

INFOSUL – A senhora considera que os acontecimentos da Operação Mensageiro servirão de munição para a oposição? Como pretende se defender?

MÁRCIA – Até é possível que aconteça essa postura por parte da oposição, muito embora penso que será uma conversa ou um ataque desnecessário. Primeiro porque não faço parte de qualquer ato errado, se é que ocorreu, e tão pouco tive qualquer envolvimento com situações adversas. Penso que a oposição deva discutir no campo das ideias, dos projetos – com propostas, do plano de governo. É o que faço em relação a proposta da minha candidatura. Mas eu vejo que os fatos falam por si. Se hoje estou aqui sentada como prefeita é porque eu tenho as condições cabíveis para administrar o município. Então, sinto-me muito, mas muito, tranquila. Muito confortável em relação a isso, tanto que foco na administração da Capivari de Baixo. Não olho para trás. Procuro sempre ver as situações de forma a ser feita para população. Administrar com pés no chão, administrar de forma transparente e, principalmente, focada para solucionar os obstáculos e o crescimento do município. O bem-estar do cidadão é que faz parte da minha gestão. Não há o que se defender, do que não participei. 

INFOSUL – Por fim, quais considerações a senhora pode pontuar de sua administração?

MÁRCIA

  • Todos os professores recebem acima do piso nacional. O piso nacional é de R$ 4.633,44 em Capivari de Baixo R$ 5.605,74;

  • Todos os servidores públicos tiveram o reajuste de 17% no salário;

  • Pronto Atendimento em horário ampliado;

  • Estímulo e uma melhor qualidade de vida para os idosos;

  • Suporte financeiro para o setor de emergência do HNSC;

  • Pavimentações, reformas e construções em todos os bairros.

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Em julho de 2024, Márcia Roberg Cargnin celebra um ano como prefeita titular de Capivari de Baixo. Sua ascensão ao cargo ocorreu em meio a um turbilhão político, após a renúncia de Vicente Corrêa Costa, preso em fevereiro de 2023 na 2ª fase da Operação Mensageiro.

Com uma trajetória sólida e respeitada na educação pública, onde atua há quase 40 anos como professora, gestora e orientadora, Márcia trouxe para a administração municipal sua vasta experiência e compromisso com a melhoria da qualidade de vida da população. 

Nesta entrevista, discutimos os desafios enfrentados, as conquistas alcançadas e os planos futuros para Capivari de Baixo.

  • ENTREVISTA EXCLUSIVA REALIZADA PARA A EDIÇÃO IMPRESSA DO INFOSUL NO MÊS DE JULHO – CONFIRA:

INFOSUL – A senhora assumiu a Prefeitura de Capivari de Baixo, interinamente, no susto. Como foi esse início?

MÁRCIA – Foi bem difícil, pois os fatos no meio regional e estadual trouxeram desconforto para as pessoas que ocupam cargos públicos. Porém, na função de prefeita tenho convicções e forma própria de tratar e de administrar. Assumir de forma repentina foi realmente desafiador, mas desde o início estava a disposição de ser vice. Tenho compromisso com os cidadãos de Capivari de Baixo e não podia, nem posso, decepcionar os que deram o voto de confiança em mim.

INFOSUL – Hoje, passado o período como gestora interina e há um ano como prefeita titular, a senhora já tem o conhecimento completo da real situação em que se encontra o município?

MÁRCIA – Certamente! Principalmente, e de forma pontual, este um ano que estou à frente do governo. Tanto que consegui, e vou continuar, tirar do papel ações e obras importantes para o município. Fiz um estudo financeiro e de prática como poder viabilizar as ações e as obras. Assim, pude dar neste um ano uma forma de identidade dos meus princípios com transparência e responsabilidade.

INFOSUL – Quais foram os principais desafios de sua gestão até o presente momento?

MÁRCIA – Mostrar a minha identidade como administradora. Como vice-prefeita cumpri, minha obrigação institucional e como prefeita consegui realizar as mudanças necessárias, adequar as possibilidades dentro de uma administração responsável, valorizando o servidor público municipal de carreira e outras ações que julgo serem importantes. Sem faltar, evidentemente, com a responsabilidade administrativa.

INFOSUL – A deflagração da Operação Mensageiro na Prefeitura de Capivari de Baixo pegou a senhora de surpresa?

MÁRCIA – Evidentemente que sim. Qual cidadão catarinense não foi pego de surpresa? Sem entrar no mérito de legalidade ou de justiça, mas o tamanho da operação que envolveu um grande número de prefeitos e agente públicos é triste e preocupante, do ponto de vista da credibilidade e do desgaste que a classe política sofreu e sofre nos dias de hoje.

INFOSUL – Como era a sua relação com o ex-prefeito Vicente Corrêa? Vocês discutiam ações administrativas em conjunto?

MÁRCIA – A minha relação com ele sempre foi como a de todo prefeito com o seu vice. Era puramente institucional, como falei anteriormente. Evidentemente que nem sempre um prefeito consulta o vice na tomada de decisões. A história em Capivari de Baixo, por si só, mostra isso. Assumi a secretaria de Educação em meados de 2022 e me dediquei para as ações da pasta. Na medida do possível tínhamos uma relação respeitosa.

INFOSUL – É comum ouvirmos, principalmente de seus críticos, que a senhora é bem intencionada, mas que algumas pessoas que a cercam, não. Você tem essa percepção?

MÁRCIA – Fico muito, mas muito feliz mesmo quando ouço de críticos que sou bem intencionada, afinal entrei na vida pública com esse objetivo. Assim como na minha vida profissional sempre pautei minhas ações e meus relacionamentos na credibilidade, no respeito e na confiança. Quanto às pessoas que me cercam, trago comigo a “confiança”, ou seja, enquanto eu confiar, enquanto não ocorrer algo que quebre essa relação, sigo acreditando que todos estão agindo de boa fé e bem intencionados, porém não hesitarei em tomar medidas cabíveis caso ocorra ao contrário.

INFOSUL – O pacote de obras “Transforma Capivari” foi um marco em sua gestão. Entretanto, nem todos os anúncios foram ou estão sendo cumpridos. O que aconteceu?

MÁRCIA – Implementamos um ritmo acelerado, porém em alguns casos pontuais enfrentamos condições climáticas desfavoráveis, algo que traz muito transtorno e atraso. Em outros casos a questão é a própria burocracia e o prazo, principalmente relacionados aos projetos e as execuções. Embora tenho até 31 de dezembro deste ano e não conduzo obras e ações pensando na minha reeleição. As ações e as obras da gestão não são eleitoreiras e só estão acontecendo agora porque estou apenas há um ano administrando. Assumi o compromisso, independente de campanha eleitoral.

INFOSUL – Capivari de Baixo anunciou a compra de tablets para uso dos alunos da rede municipal. Como a senhora se sente podendo contribuir diretamente com a educação dos estudantes, sendo você uma professora de carreira?

MÁRCIA – Desde 1983, quando me formei, sempre exerci e me dedico a educação. Como prefeita busco a qualificação que vai desde a infraestrutura, onde dentro deste período que estou a frente do governo, a aquisição de tablets aos alunos e a aquisição de televisores, assim como projetores, onde através da educação digital podemos trazer conhecimento também aos alunos. A infraestrutura nas salas de aula também busco proporcionar um ambiente mais acolhedor e seguro, já que revitalizamos a climatização e ainda com a aquisição de aparelhos de ar condicionados. Mas sem dúvidas que a valorização do servidor público da educação é um dos maiores feitos o qual me orgulho muito e sinto que pude contribuir para uma ação justa de reconhecimento com nossos servidores, afinal professora reconhecida certamente se reflete em melhor atuação e desempenho na sala de aula. Outro fato que julgo ser importantíssimo é a implantação do horário escolar em tempo integral, iniciamos com duas turmas e avançaremos ainda mais na questão, até porque esse atendimento também oportuniza aos pais que trabalham fora o fato de seus filhos estarem na escola enquanto eles buscam ganhar o pão de cada dia.  

INFOSUL – No ano passado, o governador Jorginho Mello ouviu as necessidades mais urgentes dos prefeitos de Santa Catarina. A ideia era agilizar as demandas. Quais foram os resultados para Capivari?

MÁRCIA – Solicitamos o pagamento pelo governo do Estado da terceira e última parcela da reperfilagem asfáltica do trecho 1 da Rua João Ernesto Ramos, no valor de R$ 300 mil, do trecho 2, da mesma rua, no acesso sul, no valor de R$ 600 mil e a liberação de R$ 330 mil para complementar outros R$ 300 mil de recursos próprios, para a construção de uma sala de jogos na EMEB Vitório Marcon, na comunidade da Ilhotinha. Em tudo fomos contemplados. A rua foi paga e o trecho 1 está pronto, a sala de jogos está em execução e o trecho 2 está em caixa, mas não conseguimos executar devido às obras da CCR. 

INFOSUL – A senhora já sofreu algum preconceito por ser mulher e estar no cargo que ocupa?

MÁRCIA – Apesar de ainda existir alguns movimentos machistas na sociedade, felizmente é bem menor que a algum tempo atrás. Logo que assumi o governo ouvi de uma pessoa: “Essa mulher não vai conseguir administrar”. Naquele momento doeu muito, não por sofrer uma ofensa machista, mas pela falta de bom senso, pela ignorância. Afinal hoje as mulheres estão cada vez mais bem colocadas no mercado de trabalho. É evidente que ainda buscamos uma igualdade salarial em relação aos homens, mas escutar uma pessoa fazer distinção de capacidade e de competência ao comparar ser mulher ou homem, mostra o quão deprimente o pensamento de algumas pessoas. Pergunto: um pai que tem uma filha, sentiria-se bem em subestimar a capacidade e a competência dessa filha? Acredito que não. Gostaria muito de que houvesse uma reflexão grande neste aspecto e volto a dizer, hoje em dia isso ocorre bem menos do que no passado. 

A mulher quando se empodera, vai empoderando outras mulheres!

INFOSUL – Quanto ao etarismo, há algum episódio em que subestimaram sua atuação enquanto chefe do Executivo municipal?

MÁRCIA – Subestimaram que cancelando o empréstimo de R$ 30 milhões, do Finisa, não conseguiria tocar a prefeitura. Reconheço que os recursos serviriam para muitas obras de infraestrutura que são necessárias para o município, porém houve muitas manifestações contrárias ao empréstimo por parte de moradores e de lideranças locais, que nos fizeram repensar a contratação. Seguimos em frente tocando as obras e os serviços com os recursos que temos e com o dinheiro das transferências constitucionais, com os pés no chão e dentro das nossas possibilidades. 

INFOSUL – Qual será o seu principal legado como prefeita da Cidade Termelétrica?

MÁRCIA – O legado de um líder é medido pelo impacto que suas ações têm na sociedade em que vive. Creio que o meu maior legado é a valorização da educação e dos professores, uma causa pela qual lutei ao longo de mais de 40 anos. Como prefeita, consegui implementar um novo plano de carreira que garantiu que todos os professores de Capivari de Baixo recebessem salários acima do piso nacional. Investir nos professores é investir no futuro de crianças e de adolescentes, e isso muda a cidade. 

INFOSUL – Em evento realizado no início do ano, a senhora foi lançada como pré-candidata a prefeita e Adam Dutra como seu vice. Passados os meses, há alguma novidade para o pleito de outubro?

MÁRCIA – Continuamos com o mesmo objetivo. Juntos e por uma cidade melhor. 

INFOSUL – A senhora considera que os acontecimentos da Operação Mensageiro servirão de munição para a oposição? Como pretende se defender?

MÁRCIA – Até é possível que aconteça essa postura por parte da oposição, muito embora penso que será uma conversa ou um ataque desnecessário. Primeiro porque não faço parte de qualquer ato errado, se é que ocorreu, e tão pouco tive qualquer envolvimento com situações adversas. Penso que a oposição deva discutir no campo das ideias, dos projetos – com propostas, do plano de governo. É o que faço em relação a proposta da minha candidatura. Mas eu vejo que os fatos falam por si. Se hoje estou aqui sentada como prefeita é porque eu tenho as condições cabíveis para administrar o município. Então, sinto-me muito, mas muito, tranquila. Muito confortável em relação a isso, tanto que foco na administração da Capivari de Baixo. Não olho para trás. Procuro sempre ver as situações de forma a ser feita para população. Administrar com pés no chão, administrar de forma transparente e, principalmente, focada para solucionar os obstáculos e o crescimento do município. O bem-estar do cidadão é que faz parte da minha gestão. Não há o que se defender, do que não participei. 

INFOSUL – Por fim, quais considerações a senhora pode pontuar de sua administração?

MÁRCIA

  • Todos os professores recebem acima do piso nacional. O piso nacional é de R$ 4.633,44 em Capivari de Baixo R$ 5.605,74;

  • Todos os servidores públicos tiveram o reajuste de 17% no salário;

  • Pronto Atendimento em horário ampliado;

  • Estímulo e uma melhor qualidade de vida para os idosos;

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  • Pavimentações, reformas e construções em todos os bairros.

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