Dia 27, sexta passada, foi o dia do psicólogo. E mesmo que já tenha passado alguns dias não poderia deixar de falar sobre essa data tão importante para mim. Faz cinco anos que comemoro este dia como psicóloga, cinco anos que atendo, que trabalho e escuto milhares de pessoas. Que honra. Sempre digo para meus pacientes, que é uma enooorme honra poder escutar e ter a confiança de tantas pessoas ao meu redor. Imagina, alguém te escolher para ser a pessoa que vai ajudá-lo a resolver os piores medos e traumas? É algo muito grande! Assim, agradeço muito a todos que estão comigo nessa caminhada.
Também, quero parabenizar a todos os psicólogos por escolherem esta profissão tão linda e tão complexa. Entender a mente humana (ou tentar entender) é muito ousado, tentar compreender traumas antigos é gigantesco demais. E pessoas que se disponibilizam para isso só podem ser anjos. Parabéns a todos estes anjos.
E você, já fez terapia? Na pandemia, percebemos a importância de ter alguém ao nosso lado para conversar e perceber as questões que nos atormentam. No meio do caos que está sendo estes últimos meses, ter alguém para brigar, berrar, chorar fez toda diferença. E para mim, terapia é isso, jogar tudo o que não podemos jogar na rua. Ou seja, sabe aqueles xingamentos, choros descontrolados que aguentamos na rua, no trabalho, em casa. Aqueles que posamos com um sorriso, mas que por dentro estamos queimando vivos. Então, na terapia jogamos tudo isso, largamos o sorriso e fazemos o que queremos. É libertador poder ser verdadeiro com nossas emoções. Para mim, é quase um vômito. Vomitar tudo que há de ruim, fazer uma limpeza na mente, no corpo, nas relações.
E quem não precisa, né? Todos nós guardamos muita coisa: mágoas, tristeza, traumas, arrependimentos, brigas…. guardamos por não saber como agir nessas situações ou por simplesmente não ter muito o que fazer com elas. E para que guardar? Para que ficar com isso preso na garganta. Você não precisa passar por isso, você pode resolver, só basta darmos o primeiro passo. E não vou ser hipócrita de dizer que é fácil. Não é nem um pouco, dói muito! Dói remexer em dores passadas, dói reviver sentimentos que pensávamos que não estavam mais ali. Mas que mudança não há dor? Igual na academia, para crescer o músculo, é necessário que pressionemos, que forcemos muito, daí ele cresce. Igual na terapia, para crescermos e conseguirmos passar pelas dificuldades, dói um tiquinho. Mas com bons profissionais, podemos passar essa dor com uma base, com ajuda e um olhar de que tudo está bem. Uma mão que não larga a gente, sabe?
Façam, tentem. Encontrem a sua melhor forma. Ela pode estar mais perto do que você imagina, na esquina do lado, num consultório, com um serzinho que está ali só para te escutar. Permita-se. Voe!
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