Quem nunca mentiu, não? Claro, tem aquelas mentiras mais cabeludas e as mais carequinhas. Mas mentira é mentira. Tem alguns que juram que não mentiram, só emitiram alguns fatos, ou simplesmente esqueceram de contar algo. Mas todos já fizeram algo desta lista. Racional ou não, mentimos. Às vezes, mentimos para continuar relacionamentos, para ganhar algo que queríamos, para não machucar os outros ou não nos machucar. Mas sempre tem uma razão e para quem mente, é uma excelente razão.
Contudo para quem está do outro lado, o que recebe a mentira, muitas vezes não entende esta razão, não acredita que foi só uma omissão ou um esquecimento. Dói e machuca quando é descoberto uma mentira. Muitas vezes estragando uma confiança que pode nunca mais ser restaurada. E dizem que mentira tem perna curta e não tem mesmo? Que vê para quem mora em cidade pequena, uma hora ou outra, alguém saíra machucado da mentira. Sendo pequena ou não.
Mas será que sempre mentimos? Não sei quem foi o primeiro ser humano que mentiu, mas sei que foi algo beeeeeem antigo e que parece que já está no nosso DNA.
E por que isso acontece? Falta de diálogo. Medo de um dos lados falar a verdade e o outro de escutar. Dizemos que amamos a verdade, mas quando escutamos, não aguentamos. Aquela história da crítica construtiva, sabe? Mas pura mentira, poucas pessoas escutam uma crítica e ficam tranquilas. Então, muitas vezes o caminho é mentir?
Gente, não estou falando que mentira é o bom caminho e o correto. Só estou dizendo que devemos perceber os dois lados. Por exemplo, com adolescentes. Brigamos, brigamos e brigamos, tudo que eles fazem: “é coisa de adolescente”, e ao mesmo tempo, queremos que eles falem toda a verdade para nós. Não tem lógica! Precisamos aprender a escutar os adolescentes, compreender o lado deles e aí sim, cobrar a verdade. Ou a mulherada de plantão que pergunta como está a roupa e quando alguém fala que está feia: a verdade, briga com a pessoa! De novo, não tem lógica!!!!!
Perguntamos para os outros o que queremos escutar, e quase pedimos para o outro mentir para nós. Não está certo mentir, mas também não é certo perguntarmos já com só uma resposta aceitável.
E as outras mentiras? Traição, por exemplo? Novamente, falta de diálogo. De um parceiro falar para o outro que o relacionamento não está legal, que não quer mais a monogamia ou outra coisa. E o outro saber escutar e tentar resolver juntos.
Falar que está doente e não ir para o trabalho? Falta de empatia pelo chefe e colegas. Mentir sobre ser uma coisa e ser outra? Falta de autoconhecimento. E assim, vai. Sempre terá uma razão para a mentira e é essa razão que temos que olhar. E muitas vezes não percebemos que quem acaba perdendo mais é o próprio mentiroso, perdendo confianças, respeito, relacionamentos.
Seja mais sincero com as suas emoções, com suas verdades e convicções. Vá dormir com a consciência limpa. E aprenda a escutar a verdade dos outros. Assim, podemos tirar este DNA de nós.
