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Marcele Bressane: Violência doméstica

Marcele Bressane

19 de julho de 2021

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Foto: reprodução

A cada minuto uma ligação é recebida pelas delegacias da mulher no Brasil. Um minuto! Quanto tempo é seu banho? Seu almoço? Agora, observe quantas mulheres foram atrás de ajuda nesse tempo que estavas fazendo para algo para você. É um problema enorme que o Brasil tem e existe há muitos anos. É um problema social e enraizado em nosso cotidiano, tanto que nem damos mais tanta importância. Normalizou! E quando aparece alguma famosa expondo seu marido nas redes sociais, o assunto volta à tona, como se em algum momento tivesse ido embora.

Sei que é um assunto horrível, ninguém quer falar sobre. Mas também ninguém quer viver. Então, é necessário falar para isso não acontecer mais. É necessário que haja mais segurança para estas mulheres, que haja mais respeito e carinho por elas. E é sobre isso que quero conversar hoje aqui, sobre essa empatia.

Quando vi o vídeo que circulou semana passada da violência doméstica, vi muito comentários, como:

  • 1 – “Nossa, ela é linda, como passa por isso?”  Feia, linda, careca, cabeluda, toda mulher não merece passar por violência doméstica. E não é porque você a acha linda, que ela se acha. Pois em muito relacionamentos abusivos, o homem faz a mulher se sentir muito mal com ela mesma, se sentindo feia, mal. Então, ao invés disto, ’empodere’ esta mulher, falando o quanto ela é maravilhosa e ele está errado.
  • 2 – “Mas estava a tanto tempo, devia gostar”. Ninguém gosta de apanhar e ser maltratada. Você gosta? Então, por que achas que outra pessoa gostaria de algo assim? Gostamos de carinho e sermos respeitadas. Muitas mulheres demoram para falarem que sofrem violência física pela falha de leis contra estas violências, preconceito da sociedade, acreditar que o outro possa melhorar, não ter dinheiro para se sustentar sem o marido. A acolha, perceba as dificuldades desta mulher e saiba que é muito mais complexo do que ‘ela gosta’.
  • 3 – “Isso não é amor”. Sim, isso não é amor. Mas para um relacionamento que já está tão machucado e desumano, isso pode ser amor. As vezes ficamos tão doentes com umas pessoas que perdemos o que é amar: nós e o outro. Assim, explique para esta mulher o que é se amar, e a apoie neste movimento
  • 4 – “Briga de marido e mulher, ninguém mete a colher”. Muitos comentários diziam que tinham pessoas junto e não ajudaram, e muito por uma cultura social que acredita que o casal tem que resolver seus problemas e até concordo com isso, mas tem um limite. E o limite é quando um dos dois está machucado e inferiorizado. Se tem alguém nesta posição, metemos a colher para salvar uma vida.

Sei que o assunto é pesado, mas não tem como ficarmos mais com dúvidas como se posicionar num assunto tão delicado. Há mulheres morrendo, e podem estar mais próximas de nós do que imaginamos. Nessa quarentena aumentou demais a violência doméstica, já que as vítimas ficaram presas com seus agressores. Violência doméstica tem que ser pauta, temos que falar sobre, para um dia não precisarmos mais.

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Sei que é um assunto horrível, ninguém quer falar sobre. Mas também ninguém quer viver. Então, é necessário falar para isso não acontecer mais. É necessário que haja mais segurança para estas mulheres, que haja mais respeito e carinho por elas. E é sobre isso que quero conversar hoje aqui, sobre essa empatia.

Quando vi o vídeo que circulou semana passada da violência doméstica, vi muito comentários, como:

  • 1 – “Nossa, ela é linda, como passa por isso?”  Feia, linda, careca, cabeluda, toda mulher não merece passar por violência doméstica. E não é porque você a acha linda, que ela se acha. Pois em muito relacionamentos abusivos, o homem faz a mulher se sentir muito mal com ela mesma, se sentindo feia, mal. Então, ao invés disto, ’empodere’ esta mulher, falando o quanto ela é maravilhosa e ele está errado.
  • 2 – “Mas estava a tanto tempo, devia gostar”. Ninguém gosta de apanhar e ser maltratada. Você gosta? Então, por que achas que outra pessoa gostaria de algo assim? Gostamos de carinho e sermos respeitadas. Muitas mulheres demoram para falarem que sofrem violência física pela falha de leis contra estas violências, preconceito da sociedade, acreditar que o outro possa melhorar, não ter dinheiro para se sustentar sem o marido. A acolha, perceba as dificuldades desta mulher e saiba que é muito mais complexo do que ‘ela gosta’.
  • 3 – “Isso não é amor”. Sim, isso não é amor. Mas para um relacionamento que já está tão machucado e desumano, isso pode ser amor. As vezes ficamos tão doentes com umas pessoas que perdemos o que é amar: nós e o outro. Assim, explique para esta mulher o que é se amar, e a apoie neste movimento
  • 4 – “Briga de marido e mulher, ninguém mete a colher”. Muitos comentários diziam que tinham pessoas junto e não ajudaram, e muito por uma cultura social que acredita que o casal tem que resolver seus problemas e até concordo com isso, mas tem um limite. E o limite é quando um dos dois está machucado e inferiorizado. Se tem alguém nesta posição, metemos a colher para salvar uma vida.

Sei que o assunto é pesado, mas não tem como ficarmos mais com dúvidas como se posicionar num assunto tão delicado. Há mulheres morrendo, e podem estar mais próximas de nós do que imaginamos. Nessa quarentena aumentou demais a violência doméstica, já que as vítimas ficaram presas com seus agressores. Violência doméstica tem que ser pauta, temos que falar sobre, para um dia não precisarmos mais.

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