Santa Catarina possui, através do Sistema Único de Saúde (SUS), 1.376 leitos de Unidade de Terapia intensiva (UTI) destinados ao tratamento de pacientes diagnosticados com o novo coronavírus, no qual 980 deles já estão sendo utilizados. A ocupação representa 71,2% do total.
Em Tubarão, o Hospital Nossa Senhora da Conceição (HNSC), principal unidade para o tratamento da doença na região, já enfrenta problemas de superlotação. Já faz alguns dias que a instituição não tem mais leitos de UTI/SUS disponíveis. Pacientes estão sendo transferidos para cidades vizinhas, como Içara e Araranguá.
Autoridades políticas têm se reunido – remotamente – com profissionais da saúde para discutir medidas restritivas no intuito de reverter o avanço da doença na Amurel. Na semana passada, a região foi reclassificada como risco potencial gravíssimo para Covid-19, representando assim, um alto nível de contágio.
Durante videoconferência na tarde desta segunda-feira, 13, promovida pela Associação dos Municípios da Região Lagunar (AMUREL), o debate contou com a participação de prefeitos regionais, deputados federais e estaduais do sul do estado, entidades de classe, promotores de justiça, representantes dos hospitais da região e imprensa.
Por unanimidade, todos clamaram pela participação ativa do governo do estado na ampliação dos leitos de UTI na região, além de que a esfera tome iniciativas pertinentes à situação. “Nós deputados já fizemos várias indicações indagando o governo sobre os leitos e a situação dos hospitais e não obtivemos resposta alguma”, disse o deputado estadual Luiz Fernando Cardoso, o Vampiro.
O prefeito de Tubarão Joares Ponticelli relatou a gravidade da situação. “Nossa região tem o menor número de leitos disponíveis. São 155 leitos e apenas 51 estão habilitados. Precisamos aumentar esse número, estamos aguardando esse credenciamento e pedimos agilidade e mais atenção por parte do governo do estado”, destaca.
Uma reunião com o Secretário de Saúde do Estado André Motta Ribeiro foi solicitada para quarta-feira, 15.